Neusa se entregou no início da noite desta sexta-feira (10) à polícia de Andradina por ordem da Justiça. Ela é acusada de tortura, crime que prevê pena de três a oito anos de prisão. O advogado da babá, Gilvaine Ortuzal, 43, negociou com a polícia para Neusa ser presa em Ilha Solteira, porque a prisão para a qual ela seria encaminhada inicialmente, em Guaraçaí, a 40 km de Andradina, não oferece segurança. “Em Guaraçaí é perigoso as presas baterem nela”, afirmou.
Mas em Ilha Solteira a situação não é diferente, segundo Creuza Oliveira Bonfim, 55, carcereira da cadeia feminina. “São 40 presas em quatro celas, mas a capacidade é de 24. A maioria é condenada por tráfico de drogas. Não tenho como garantir a segurança dela. É apenas um carcereiro. E esse caso teve grande comoção. Acho muito arriscado ela ficar aqui.”
De acordo com Creuza, o ideal seria a babá ficar presa em algum presídio que tenha cela individual. “Aqui ela vai ter de dormir no chão. Não tem colchão para ela. E está fazendo muito frio”, declarou.
Os pais das duas crianças informaram que recebem com “esperança” a notícia da prisão da ex-funcionária. “Esperamos que seja feita Justiça. Não é fácil ver a sua filha apanhando daquele jeito”, afirmou o empresário Marcos Lacerda, 29, pai das vítimas.
A prisão da babá será por tempo indeterminado e foi decretada na tarde de quinta-feira pela Justiça de Andradina. A polícia havia solicitado 30 dias de prisão, mas a Justiça foi mais dura e decretou prisão preventiva, cujo período é maior. Para o advogado, sua cliente foi presa por causa da repercussão que o assunto teve na mídia.
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